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segunda-feira, 2 de junho de 2014

OPERAR PARA VIRAR BONEQUINHA



Duas coisas saltam aos olhos quando se caminha por Gangnam, o bairro mais famoso de Seul, celebrizado pelo cantor Psy no clipe “Gangnam Style”. A primeira é como os sul-coreanos, permanentemente conectados, são dependentes de seus smartphones. A segunda é a quantidade de anúncios de clínicas de cirurgia plástica. Imagens do antes e depois da operação enchem as ruas e as estações de metrô. Os outdoors mandam recados como: “Todo mundo já fez. Só falta você”. A Coreia do Sul tem o maior índice de cirurgia plástica per capita do mundo. A busca pelo corpo e, principalmente, pelo rosto perfeito é uma obsessão nacional.

Graças à imensa quantidade de clínicas espalhadas por Gangnam - área conhecida como “cinturão da beleza” -, Seul vem se firmando como a capital mundial da plástica. Cirurgias estéticas são comuns entre as mulheres sul-coreanas, que não desejam apenas apagar os sinais do envelhecimento. As mais jovens sonham em mudar seus traços orientais mais característicos, deixando o nariz mais arrebitado e os olhos mais amendoados. Elas também têm a opção de afinar o queixo, uma operação delicada, para modificar o formato arredondado do rosto. Seios maiores completam o pacote. É esse o padrão de beleza ditado pelas celebridades locais, entre elas, as beldades do K-Pop, a música popular coreana que se alastra pelo planeta. Garotas como as da banda Girls Generation ou a atriz Kim Tae-hee são o modelo ideal, embora neguem que tenham recorrido ao bisturi.

- As sul-coreanas não estão buscando uma ocidentalização da aparência. Os coreanos têm seu conceito próprio de beleza. Muitos consideram belo o rosto pequeno, com olhos grandes e brilhantes. A cirurgia da pálpebra dupla, muito popular, fornece uma dobra aos olhos, tornando-os maiores. É uma característica vista em muitos outros lugares do mundo que não são ocidentais - explica Kevin Van Noortwick, gerente de negócios da JK Plastic, uma das clínicas mais conceituadas de Seul.

Atração turística para chinesas

Segundo o instituto de pesquisa Trend Monitor, uma em cada cinco sul-coreanas já fez plástica. A imagem de rostos totalmente transformados contaminou a Ásia. As grandes clínicas de Seul oferecem pacotes para turistas, incluindo cirurgia, passagem e hotel de luxo. A cidade tem 2.000 cirurgiões plásticos. É uma indústria em rápida expansão que atrai, acima de tudo, pacientes da China. Na JK Plastic, os estrangeiros respondem por 50% da clientela. É fácil explicar a invasão: a competição exige que os cirurgiões sul-coreanos estejam sempre se aperfeiçoando, a concorrência provoca queda de preços, e as tecnologias são avançadas na Coreia do Sul.

Até os pais incentivam suas filhas a fazer a operação, oferecendo a cirurgia como um presente de formatura. No fim do ano letivo, as clínicas de Seul - só em Gangnam há cerca de 500 delas - ficam lotadas de garotas recém-saídas da escola. Entre o fim do ensino médio e a entrada na universidade, elas têm tempo de se recuperar do pós-operatório.

Mudar de cara não é tabu. Apesar de o sistema educacional na Coreia do Sul ser um dos mais elogiados do mundo, e de as famílias investirem muito na formação dos filhos, a beleza também conta na disputa por um emprego no competitivo mercado de trabalho.

- Ter uma vantagem na carreira, cumprindo as normas sociais vigentes em relação à aparência da mulher, é a principal explicação para a obsessão da cirurgia plástica. Um ponto importante é que Japão e Coreia do Sul são os únicos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que permitem que empregadores exijam fotos em currículos - explica o escritor e palestrante James Turnbull, especialista em feminismo e cultura pop coreana.

Ataque de pânico no centro cirúrgico

Na lista da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, a Coreia do Sul aparece em sétimo lugar em número de procedimentos (258.350 realizados em 2011). O Brasil, onde o corpo e não o rosto é o principal foco, ocupa o segundo lugar da lista, com 905.124 operações, atrás dos EUA. Mas no ranking de cirurgias por cada mil habitantes, os coreanos estão na frente. A maior parte dos pacientes é do sexo feminino. Os homens, no entanto, também já aderiram à cultura da plástica.

A relações-públicas Jae Lee pensou em fazer plástica quando tinha 19 anos, seguindo o exemplo das amigas. Conta ter visto “as feias ficarem bonitas e as bonitas ficarem lindas”. Há uma década, era uma estudante imatura. Achava que, se ganhasse um nariz mais fino, “pareceria uma atriz e renasceria como outra pessoa”. Marcou a operação. Mas ao ser levada para o centro cirúrgico, entrou em pânico:

- Senti medo de todos aqueles equipamentos. Pensei nas possíveis consequências e nas pessoas que ficam todas com o mesmo nariz. Avisei aos médicos que tinha desistido. Hoje sou uma mulher satisfeita com o próprio rosto. Não quer dizer que eu seja linda, mas sou feliz em ser como sou.

Jae nunca mais pisou numa clínica de cirurgia plástica, mas sabe que é uma exceção.




 

Sul-coreanas têm maior índice de cirurgia plástica per capita do mundo

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Gangnam Style TOP Plastic Surgery, Best Before and After -

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